Parintins em primeiro lugar
Parintins em primeiro lugar
Benedito de J. Azedo - Advogado e jornalista
Parintins dos parintintins. Tudo começa com a Ilha Tupinambarana, depois Vila Nova da Rainha, mais tarde Vila Bela da Imperatriz. Apenas três ruas principais: da Frente, do Meio e de Trás. A área da atual Avenida Amazonas era lugar de colher frutas e de caçadas de aves e de pequenos animais silvestres.
As lavadeiras tinham nas águas limpas da Francesa, exatamente os locais aterrados que dão continuidade à Avenida Amazonas e à Rua João Meireles, tudo que precisavam para realizar o seu trabalho humilde, indispensável à chamada classe alta, que não sabia o que era máquina de lavar roupas.
Práticas esportivas, em destaque o futebol, todas, aconteciam no “campo” existente no espaço agora ocupado pelo Colégio Nossa Senhora do Carmo. As torcidas mais animadas vestiam as camisas de América e de União. Boi-Bumbá era dono da cidade. As ruas serviam para as brincadeiras de Caprichoso e Garantido, iluminadas pelas lamparinas, com paradas obrigatórias nas casas de autoridades e outras pessoas distintas da vida parintinense.
Grupo Escolar Araújo Filho, só ele atendia a criançada, de primeira à quinta séries do curso primário ministrado por professores competentes.
E agora? Temos duas Universidades (UFAM e UEA), IFAM, SESC/SENAC, SESI/SENAI. Escolas que figuram entre as melhores do Estado do Amazonas, do ensino fundamental e do ensino médio.
O nosso Festival Folclórico ganhou o Brasil e encanta boa parte do mundo. A festa de Nossa Senhora do Carmo cresce todos os anos, conquista almas e corações, faz parte dos calendários turísticos e é mais uma razão do nosso orgulho parintintin. Há tanta coisa para lembrar. O espaço não é todo meu e preciso parar desta vez.
Antes, porém, devo dizer ajudado por cancioneiros e poetas notáveis: Parintins é meu país; Ama com fé e orgulho a terra em que nasceste; Caminhando e cantando, olhem para frente e para o alto; Esperar não é saber, quem sabe faz a hora, não espera acontecer.
Sejam felizes, brasileiros e estrangeiros, que vivem, trabalham e produzem a Ilha Tupinambarana.