Licitação do estádio sob suspeita

04/08/2011 10:18

 

As obras do novo estádio Tupi Cantanhede estão suspensas para que sejam apuradas as possíveis irregularidades no processo licitatório para a execução dos trabalhos. As denúncias apresentadas ao Ministério Público afirmam que houve direcionamento de licitação para uma das empresas responsável por outras obras no município de Parintins.

O representante ministerial, André Seffair, explica que a investigação foi solicitada pela procuradoria geral de Justiça. “Eles nos encaminharam o expediente, anunciando uma representação por suposta de irregularidade no procedimento de licitação na construção do estádio. A empresa reclamante informou que houve direcionamento da licitação”, explicou.

A investigação foi determinada por Manaus e não terá o controle dos promotores que atuam na Ilha Tupinambara. “Essa investigação não tem controle nosso aqui. A investigação é controlada por Manaus. É importante ressaltar que o intuito do Ministério Público é a correta aplicação do dinheiro público”, explica.

O Promotor anunciou que vai encaminhar os procedimentos tomados no início das investigações à procuradoria federal, pelo fato dos recursos que seriam aplicados na reconstrução do estádio serem provenientes do Ministério dos Esportes. “Vamos enviar o relatório via procurador ao ministro dos esportes e aguardar que os arrolados sejam ouvidos”, diz.

Enquanto estiver em procedimento de investigação, os dados não poderão ser divulgados à imprensa pelo MP local.  Uma fonte dentro do Fórum de Justiça Desembargador Raimundo Vidal Pessoa confirmou que ainda existe uma investigação paralela, que tem como denunciados titulares de cargos públicos suspeitos de enriquecimento ilícito.

 

Faltou documento da empreiteira

 

O presidente da Associação Liga Esportiva de Parintins – Alepin, Elias Michiles responsabilizou a Caixa Econômica Federal pela paralização das obras do estádio Tupi Cantanhede.

Segundo ele, a empresa Toyla Construção não dá prosseguimento aos serviços devido às burocracias para a liberação dos recursos junto à agência bancária. “Houve um pequeno problema em um documento da empreiteira com a Caixa, por isso aconteceu o atraso”, disse.

Michiles afirma que existe a previsão do reinício das obras na próxima semana. Ele explica que a parte mais difícil da obra será o gramado, que requer estudo de terra, grama e adequação para drenagem, o que terá um período de 6 a 8 meses.

O presidente da mentora do futebol parintinense preferiu não se pronunciar sobre as denúncias do promotor André Seffair.